Nos próximos anos, em Portugal e na generalidade dos países da Europa, prevê-se um aumento acentuado da incidência de doenças crónicas incapacitantes.

Assim, face ao previsível aumento de pessoas com doenças crónicas, muitas vezes reforçadas com elevados níveis de dependência, e à emergência de novos paradigmas de assistência na saúde, torna-se necessário dotar as

 organizações prestadoras de cuidados de saúde com profissionais que, em equipas multidisciplinares, ajudem as pessoas, as famílias e as comunidades a encontrarem soluções para as suas necessidades.

Aos profissionais que participam no processo de reabilitação torna-se fundamental serem detentores de competências específicas que possam mobilizar para produzirem respostas eficazes, competentes e de elevada qualidade.

Nesta sequência, surge como fundamental a formação de enfermeiros em enfermagem de reabilitação que, através da promoção da saúde, prevenção e tratamento da doença, readaptação funcional e reinserção social, possuam

 competências científicas que lhes permitam participar activamente nos projectos de saúde da pessoa/família que se encontra a vivenciar processos de saúde/doença incapacitante e/ou de deficiência física, seja qual for a etapa do seu ciclo vital.

A necessidade de enfermeiros de Enfermagem de Reabilitação, pela suas competências específicas, parece vir de encontro ao preconizado pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (2000) que reconhece e

 respeita o direito das pessoas com deficiência a beneficiarem de medidas destinadas a assegurar a sua autonomia, a sua integração social e profissional e a sua participação na vida da comunidade